Caboclo nato
Não é só quem mora no mato
É aquele que resiste no Sol
São tantas lutas
Não há lugar nesse torrão
que faz mudar seu coração
Não há lugar nesse torrão
que faz mudar seu coração
Pescador de sonhos
Artesão da vida
Lança a tarrafa pra puxar a calmaria
Cultiva na várzea
Colhe alegria
Tece o paneiro de arupema tua fibra
Entre as candeias e lamparinas
Histórias contadas, visagens, cantigas
E na igara, a boiuna temem
O Nego D’água, o mistério vem
A Caipora, fumaça tem
Gente panema, gente de reza
Gente de sonho, gente de prece
É cariboca, matuto, caiçara, cafuzo
Na festa de boi-bumbá
Tem capoeira, tem pastorinhas
Folia de Reis, São João, tem reisado
Tem dança tribal, nação mestiça
Caboclitude cultural
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